domingo, 18 de julho de 2010

Coco Chanel: A mulher mais elegante do mundo.


Numa época em que não faltam balanços – da década, do século, do milênio – , uma coisa é certa: o mundo não seria o mesmo não fosse Coco Chanel, a genial costureira francesa que, com inteligência, talento e espetacular senso de marketing, inventou a mulher moderna. Em matéria de roupa, é claro. Quando Chanel nasceu, no fim do século passado, mulher elegante tinha de ter formas opulentas, espremer-se em espartilhos sob vestidões volumosos e equilibrar na cabeça chapéus imensos. Quando Chanel morreu, em 1971, aos 88 anos, a madame de classe era magra e suas roupas sóbrias e bem cortadas – heranças duradouras da estilista cuja trajetória é contada no livro Chanel, Seu Estilo e Sua Vida, da escritora americana Janet Wallach, que acaba de chegar às livrarias. Num texto meio ufanista, mas abrilhantado por uma bela coleção de fotos de época, cada página é uma descoberta da enorme influência da minúscula Coco, primeiríssima a decretar: "A moda muda, o estilo permanece".

Gabrielle (Coco é apelido) nasceu pobre e ficou órfã aos 11 anos – a mãe morreu, o pai sumiu. Foi criada em um orfanato, trabalhou como balconista e, com o firme intuito de subir na vida, pôs-se à caça de amantes, de preferência ricos. Vendo, ninguém diria: Coco Chanel era franzina, quadris estreitos, seios pequenos, carinha simiesca. Compensava com o raciocínio rápido, o olhar ardente, a voz rouca e possivelmente outros atributos, menos publicáveis, que lhe garantiram uma alentada lista de conquistas a vida inteira. O primeiro amante rico, o francês Étienne Balsan, apresentou-a a artistas e cortesãs que se tornariam as divulgadoras iniciais do seu estilo. O segundo, o cobiçado playboy inglês Arthur Capel, instalou-a em Paris e financiou sua primeira loja. Mais adiante, o riquíssimo duque de Westminster a cobriu de jóias e pôs à sua disposição tecelões de primeira. Daí para a frente, o mundo foi de Chanel.

Acessórios na vitrine – Os chapéus, que adorava, por sua influência tornaram-se um acessório leve, elegante, fácil de usar. As roupas de tecidos moles e sedutores ganharam corte inteligente (cava alta, para se erguer o braço sem problemas, fita interna na cintura para prender bem a blusa), sem 1 centímetro a mais de tecido. Das mãos de Chanel – que nunca desenhou nada e trabalhava direto no tecido, sentada no chão, a boca cheia de alfinetes – saíram o tal "pretinho básico", que a revista Vogue batizou de "Ford dos vestidos" porque todas as mulheres iam ter um, e o célebre tailleur: saia, casaquinho com arremate trançado e bolsinhos. A mais perfeita modelo de Chanel era Chanel, a imagem da mulher moderna: esbelta, sem espartilho, cabelo curto, rosto bronzeado. Suas idéias tinham a simplicidade do gênio. Friorenta, adotou peles no forro e nos detalhes de seus modelos e casacos com grandes bolsos. Pôs uma correntinha na bolsa e a pendurou no ombro, para facilitar. Sucesso mundial. Em suas mãos, a calça comprida virou uma roupa feminina e chique – ela mesma foi uma das primeiras a usar calças largas, tipo "pijama", em festas e jantares finos.

Chanel fez a mulher ficar magra, já que gorduchas nunca couberam bem em suas criações. Cobrava muito dinheiro por um tailleur, mas, num tempo em que a pirataria ainda não era uma dor de cabeça planetária, orgulhava-se de ver seus modelos copiados mundo afora. Também foi por sua obra e graça que os acessórios saíram dos fundos das lojas para a área nobre das vitrines. Nos anos difíceis do pós-guerra, foi com perfumes, luvas e camélias estilizadas – flor que virou marca registrada – que Chanel se sustentou.

"Uma revolução" – Chanel nunca se casou, nem teve filhos. Irascível com os funcionários, esnobe até a ponta da franja, foi amiga de gente famosa, como Pablo Picasso, Igor Stravinski, Jean Cocteau e Winston Churchill – que deu um jeitinho para que não fosse presa no fim da II Guerra, por haver passado os anos de ocupação de Paris instalada no hotel Ritz com o amante, um barão alemão. Não escapou do ostracismo, do qual só saiu em 1954 com um grande desfile. A Europa torceu o nariz, mas a imprensa de moda americana adorou. No ano seguinte, a revista Life decretaria: "Ela está influenciando tudo. Aos 71 anos, está trazendo mais que um estilo – uma revolução". Era a insuportável mademoiselle, de volta à velha mas muito moderna forma que marcou sua vida e a de quase todas as mulheres do mundo.

Nem preciso dizer a admiração que tenho por essa grande mulher. Assisti o filme e ameei, o filme mostra Gabrielle antes de Coco Chanel, a sua historia de viida,as dificuldades, os pensamentos e seus ideais
Esses dias descobri que foi lançado um livro falando mais sobre Coco Chanel, estou louca pra leer, mas ainda não encontrei :(
Mas deixo a diica pra quem ainda não assistiu o filme, e mesmo sem ter lido o livro posso dizer que vale muiito a pena conhecer um pouco da historia dessa grande mulher que com estilo e elegância, revolucionou a década de 20.

"Eu criei um estilo para um mundo inteiro.
Vê-se em todas as lojas "estilo Chanel".
Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo.
Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda."

Coco Chanel




“O Evangelho de Coco Chanel: Lições de Vida da Mulher mais Elegante do Mundo”, da escritora Karen Karbo, que extensa pesquisa sobre a biografia de Coco Chanel e optou por não escrever apenas sobre a vida da estilista, mas um livro para inspirar os leitores com uma história impressionante de reinvenção, confiança e determinação. As ilustrações são de Chesley McLaren, conhecida como “a ilustradora francesa de Nova York”, por seus traços elegantes. A loja Chanel está comemorando os cem anos de fundação, e muito material sobre a Coco Chanel está em pauta.

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